A LECITINA COMO EMULSIFICANTEO.




A LECITINA COMO EMULSIFICANTEO.


Emulsificantes são  aditivos  que  diminuem a tensão superficial de produtos líquidos, promovendo a emulsificação. Atuam aumentando a rigidez da membrana dos glóbulos de gordura e de ar, permitindo obter micro borbulhas de menor diâmetro.


Aumentam a estabilidade de emulsões e contribuem com a consistência e resistência à fusão. A lecitina é usada comercialmente tanto como emulsionante quanto como lubrificante  em  diversas  atividades  econômicas, como na indústria farmacêutica ou alimentícia.


Como    mencionado,  a  lecitina  é  formada por uma mescla de fosfolipídios (50%), triglicerídeos (35%) e glicolipí-dios  (10%),  carboidratos,  pigmentos,  carotenoides e outros micro compostos. As propriedades tensas ativas da lecitina são provenientes da estrutura molecular dos  fosfolipídios,  componentes  ativos  da lecitina.


Os  fosfolipídios  são  constituídos  de  três  componentes  em  proporções  quase iguais: fosfatidilcolina, com propriedades emulsificantes do tipo óleo/água, fosfatidiletanolamina e fosfatidi-letanosinol, com propriedades emulsificantes  do  tipo  água/óleo.  Portanto,  este antagonismo faz com que a mescla tenha propriedades emulsificantes relativamente limitadas. Na  obtenção  de  emulsões  mais  estáveis,  a  lecitina  deve  ser  utilizada  em  combinação com outros emulsificantes ou, ainda, modificada química ou enigmaticamente.


Os princípios químicos da modificação  da  lecitina  baseiam-se  na  remoção ou transformação da fosfatidil-etanolamina. O fracionamento alcoólico é baseado na diferença de solubilidade.


É  possível  obter  lecitinas  de  diferentes composições em fosfolipídios e  BHL.  A  fosfatidiletanolamina  é  mais  solúvel  em  álcool,  portanto,  com  etanol  90%  é  possível  concentrar  a  fosfatidiletanolamina e obter um produto com melhor propriedade emulsificante óleo/água  (BHL  =  14-15).  É  possível  igualmente,  promover  hidrólise  enzimática,  através  da  enzima  fosfolípide  A2,  produzindo  um  produto  final  mais  hidrofílico, que apresenta grande poder emulsificante  para  emulsão  do  tipo  óleo/água. Um exemplo típico de emulsão óleo/água e uma das aplicações mais conhecidos da lecitina como emulsificante na indústria de alimentos é a sua utilização na maionese.


A maionese foi criada em 1756, pelo chef francês do Duque de Richelieu, e consiste  de  um  molho  feito    de    crê-me  de  ovos.  Depois que o Duque de Richelieu derrotou os britânicos em Port Mahon,  seu  cozinheiro  criou  um  banquete de vitória que incluía um molho feito à base de nata e ovos.


Quando  o  chef  percebeu  que  não  havia  mais  creme  na cozinha,  improvisou,  substituindo-o  por  óleo.  Nascia,  então,  uma  nova  técnica culinária, a mahonnaise.


A maionese é uma emulsão de óleo vegetal  na  água  do  vinagre.  A  importância  da  gema  de  ovo  na  maionese  se    pelo  fato  da  gema  do  ovo    ser    rica    em    lecitina.  Após  a  adição    de    emulsificantes    e    agitação,    forma-se    uma dispersão  do  tipo  água/óleo.


A maionese  apresenta  uma  fase  interna  que    é  composta  de  gotas  de  óleo  dispersas e uma fase externa de vinagre, ovos  e  outros  ingredientes.


A  rigidez  da  emulsão  depende  parcialmente  do  tamanho  das  gotículas  de  óleo  e  da  proximidade  com  que  estão agrupadas. APLICAÇÕES COMERCIAISA  lecitina  tem  sido  aplicada  em  alimentos devido às suas propriedades emulsificantes e também relacionados a mol habilidade e dispensabilidade.


Muitos  emulsificantes  sintéticos  têm  sido  desenvolvidos ao longo dos anos, mas a lecitina permanece em uso pela simples razão de que, em muitos casos, funciona melhor do que alternativas.


A lecitina  é  amplamente  utilizada  na  indústria  de  alimentos,  seja  como  ingrediente, seja como coemulsificante. Uma das principais aplicações da lecitina é na margarina.


A adição de 0,15% a 0,26% de lecitina na margarina evita que ela apresente  separação durante os períodos de armazenamento.


A lecitina confere  à  margarina  melhor    textura,  retêm    a  umidade,  impede  o  salpico  durante o resfriamento, evita respingos durante a fritura, protege as vitaminas (antioxidante),  aumentando  desta  forma o tempo de vida útil do produto.


Na indústria de chocolates, a  lecitina de  soja é utilizada para facilitar a dispersão das gorduras de diferentes pontos de fusão,  diminuindo  a  viscosidade  e,  portanto, possibilitando o trabalho  a temperaturas mais baixas, evitando a perda de aromas voláteis.


Diminui o gasto de manteiga  de  cacau,  podendo-  se  obter  a  viscosidade  necessária    aos  traz    belhos  com  menor    quantidade  da  mesma.


A  aparência,  textura,  gosto  e  aroma  do  chocolate melhoram sensivelmente com o uso da lecitina. Neste setor alimentício é indicado o uso de 0,35% de fosfolipídios sobre a massa do chocolate. Na indústria de leite em pó, devido as  suas  qualidades  emulsionantes.



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